Amores de bosta-uma crônica relembrando velhos tempos

 

Enquanto cago, vasculho as redes sociais lendo as declarações de todos os meus ex-amores para suas atuais esposas. Acreditem, não são poucos. 

Somando o tempo de apaixonada por cada um, podemos dizer que quase faço Bodas. De Marfim, afinal, não sou tão velha. 

Não sei se cago ou se seguro o riso. Acho que eu deveria era agradecer por ter declarado falência em relacionamentos e por estar, de acordo com as convenções da sociedade, encalhada. 

De tanto procurar, até que achei um deles solteiro. Mandei convite de amizade e ele aceitou na hora. Nossa, eu era muito apaixonada por ele. Era o mais requisitado da escola e obviamente não ia olhar para a menina magrela, de tetas rasas e cabelo grudado no caco da cabeça. Nessas horas quero xingar minha mãe que me deixava igual um menino. Mas voltando ao ex ser amado, queria saber onde foi parar aquele cabelo preto ajeitado em um lindo topete e aquela barriga lisinha. 

Até tentei dizer que o velho barrigudo, com entradas enormes na cabeça que eu via naquela foto não era ele, mas como boa investigadora que sou, achei minha ex utópica sogra nas fotos do Facebook dele. Meu Deus, vou cagar mais um pouco. 

Merlen Alves

Jun/2022






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